
O macacão azul anil parecia falar… O olhar fitado no chão, a voz tremula e cansada a resmungar, mãos calejadas, pele escura, preta… A cabeça raspada não deixava transparecer os fios brancos, os pés rachados (imagino eu) calçados pelos velhos sapatos pretos, os mesmos que devem o acompanhar a tantos dias, amigos inconfidentes, seu uniforme era seu padre e o banheiro da faculdade seu confessionário.
Dia após dia o tempo está estagnado e a pressa parece não atingi-lo, seu mundo anda em vias...
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
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Capitalismo,
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