“O ópio (do grego ópion, "suco de papoila", pelo latim opiu) é um suco espesso que se extrai dos frutos imaturos (cápsulas) de várias espécies de papoilas soníferas (gênero Papaver), e que é utilizada como narcótico. O uso do ópio mascado ou fumado, que se espalhou no Oriente, provoca euforia, seguida de um sono onírico; o uso repetido conduz ao hábito, à dependência química, e a seguir a uma decadência física e intelectual, uma vez que é efetivamente um veneno estupefaciente. A medicina o utiliza, assim como os alcalóides que ele contém (morfina e papaverina), como sonífero analgésico.”
Religião: O Ópio da Humanidade
Caros, passou-se da hora das máscaras caírem por terra, humanamente todos os argumentos em prol das religiões tradicionais ou pós-modernas jazem em contradições e infindáveis conflitos políticos. Sejamos conscientes e sinceros. Quais das torres religiosas ou qual das vertentes espirituais que, neste momento, podemos categoricamente afirmar que estão a cumprir o seu papel social?
Quando olhamos para todos os antigos grandes lideres políticos/religiosos, vemos a face de homens e mulheres que em seu tempo fizeram juz ao tratado que assumiram e que, em tempo oportuno praticaram legitimamente a fé que tanto pregaram e defenderam em praças públicas. Mas hoje. O que vemos é o acumulo de riquezas e o esbanjar dos manjares oferecidos pelos pobres fiéis que, desprovidos de senso critico, individualmente contribuem para o descrédito e enriquecimento ilegal das instituições que se auto-intitulam “Casas de Oração”.
Talvez, esteja descrente demais para enxergar alguma virtude nesse lamaçal de larápios e de corrupção, o fato, é que minha psique não mais me permite sequer ostentar o mínimo de sentimento a favor desses “Circos de Balelas”.
Provável que percussores desse neoliberalismo protestante afirmem que, muitas organizações se mantêm assíduas em projetos sociais e de caráter caridoso, no entanto contradigo, com a versão real dos fatos que, na verdade, o dinheiro reservado a obras de caridade é infinitamente menor do distribuído para custos pessoais, salários de pastores, e para manutenção dos grandes templos que, mais parecem castelos medievais, devido à ostentação arquitetônica, do que lugares construídos para que homens e mulheres pudessem estabelecer contato com outros indivíduos da mesma fé, e comunicarem-se com o seu objeto de culto que, no caso, diverge de religião para religião.
O segredo das artimanhas está em manipular a boa vontade e a fé alheia, principalmente em situações da vida, nas quais, essas pessoas estão fracas e sem esperança, no calor do desespero. É nesse momento que essas sanguessugas das pregações de Cristo, vêm à tona, a prometer prosperidade e saúde. Ora, quem não deseja ser prospero? Casar-se com uma linda mulher, ter belos filhos, saúde e ainda como brinde... Paz. Diga-me, quem não quer? Confessem. Este não é um excelente chamado ao evangelho? Quer melhor plano de salvação do que este? Pois, é assim que milhões têm sido enganados, por ingenuamente se aproximam de Cristo na intenção de conquistarem coisas nesta vida, na qual, o evangelho é um entorpecente, uma droga lícita, que acalma e ameniza as dores cotidianas. Enquanto isso, na “sala de justiça”, os falsos super heróis da fé, zombam e escarnecem da ignorância de seus fiéis que, sem saber, promovem o sustento de máfias, quadrilhas, esquemas de lavagem de dinheiro, compra e revenda de móveis, carros, empresas...
É dada a religião o mérito de centenas de guerras e massacres durante toda a história. Em nome de Deus, homens mataram, molestaram, estupraram, violentaram, roubaram... Em nome de Deus, se faz tanto o bem, quanto o mal. Em nome de Deus, vendem-se carnês da prosperidade, óleos santos de Israel, água do Rio Jordão, Bíblia comentada pelo pastor A, pelo bispo B, pelo apostolo C. Em nome de Deus, pessoas vendem propriedades, salários, eletrodomésticos, carros, e oferecem como troca de um favorzinho divino. Em nome de Deus, é feito até mesmo cruzeiros gospel...
E há quem diga que, estamos equivocados ao denunciarmos tais afrontas a inteligência cristã. Usam do argumento de que jamais se pode falar contra um “ungido de Deus”, que ao fazer essas denuncias, estaremos pondo em risco à vida de milhares de pessoas que, mesmo enganadas, estão indo para o céu. Mas, que céu? Querem me dizer, que o fato de milhares estarem seguindo a homens cegamente é melhor do que, mostrarmos a eles a verdade? Mesmo que por um tempo isso implique no esfriamento da fé? Eu mesmo, quando me deparei e assimilei estás coisas, me assustei, e por longa data me desviei do evangelho, até que entendi que, não é o evangelho ou o Cristo que se corrompeu, mas as lideranças das religiões que, venderam-se por míseros pratos de lentilhas. E se me questionarem? Sim. Hoje, estou satisfeito comigo, pois não mais aceito qualquer “revelaçãozinha meia boca”, mas aprendi, assim como Paulo dizia, a examinar todas as palavras que saem do púlpito e a reter aquilo que for bom, o que for ruim? Jaz no mar do esquecimento.
O importante é dizer que, Deus, Jesus, não tem nada haver com essa patifaria que vemos, o próprio Cristo condenou quando ao entrar no templo de Jerusalém, deparou-se com mercadores dentro do lugar que deveria ser conhecido como “Casa de Oração”. E a reação Dele, não foi nenhum pouco amigável, Ele quebrou tudo, virou mesas, expulsou os mercadores... E ainda dizem que temos que ser complacentes com essa vergonha?
sexta-feira, 30 de julho de 2010
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Como bem sabemos Lutero, literalmente rebelou-se contra a apostasia do papado, e sofreu retaliações por sua conduta, que na época foi condenada como heresia pela corte da igreja católica. A postura adotada por ele foi de total julgamento contra as obras da igreja.
Como também é de conhecimento de todos, Lutero jamais planejou a criação de uma nova ordem religiosa, os planos dele se resumiam em mudar a sua própria igreja (Católica), a primeira instância o projeto não era quebrar vínculos com a instituição, mas reformar todo o sistema idólatra do catolicismo. Ora, hoje, milhões de cristãos pelo mundo, aplaudem e agradecem a Lutero pela postura diante da reforma protestante, porém, quando o assunto é reformar o nosso sistema protestante atual que, de igual forma está desvirtuado, temos que nos deparar com argumentos como estes, que não podemos julgar.
Mas, se não fosse o julgamento que Lutero fez acerca de sua própria igreja, hoje, talvez não estivéssemos discutindo sobre esse tema. Alguém dirá: “Irmão, a questão de Lutero é outro contexto”. Não, não era, assim como nós, ele lutava contra as apostasias da sua própria religião, e a reforma apenas terminou com a fundação de outra ordem cristã, porque o papado, a igreja não aceitou as idéias revolucionárias de Lutero, a considerar, todas, alegações improcedentes. Afinal, de acordo com a igreja Lutero não poderia julgar a santíssima constituição e a fazer assim, estava a julgar a própria vontade de Deus. Parece-me que este contexto histórico em muito se adéqua a situação atual da igreja de Cristo na terra, e assim como o papado não aceitou as idéias e as criticas de Lutero, a alegar que eram heresias, julgamentos sem embasamento e subversão contra a vontade de Deus.
Hoje, as lideranças protestantes utilizam o mesmo discurso para defender a tese de que, o julgar, é de todo o modo errado. Acredito que a única coisa que foge do nosso direito de julgamento é a obra do Espírito Santo, está não deve jamais ser contestada. Quem Ele escolhe ou deixa de escolher é de total particularidade, se as pessoas que lideram os púlpitos protestantes (tradicionais, pentecostais ou neopentencostais) foram ou não escolhidas por Deus, isso não cabe a nós julgarmos. Agora, se a conduta delas condiz com aquilo que pregam… Ah! Isso sim é de total responsabilidade do corpo de Cristo. Pois, nem Paulo, nem Cristo, fugiram dessa responsabilidade quando viram que as más obras dos falsos profetas, estavam a frustrar as pessoas e as levarem a praticar uma religião de cegos. Ser cristão em tudo implica ter compromisso com a verdade.
“Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.” 1 JOÃO 4:1
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