Como bem sabemos Lutero, literalmente rebelou-se contra a apostasia do papado, e sofreu retaliações por sua conduta, que na época foi condenada como heresia pela corte da igreja católica. A postura adotada por ele foi de total julgamento contra as obras da igreja.
Como também é de conhecimento de todos, Lutero jamais planejou a criação de uma nova ordem religiosa, os planos dele se resumiam em mudar a sua própria igreja (Católica), a primeira instância o projeto não era quebrar vínculos com a instituição, mas reformar todo o sistema idólatra do catolicismo. Ora, hoje, milhões de cristãos pelo mundo, aplaudem e agradecem a Lutero pela postura diante da reforma protestante, porém, quando o assunto é reformar o nosso sistema protestante atual que, de igual forma está desvirtuado, temos que nos deparar com argumentos como estes, que não podemos julgar.
Mas, se não fosse o julgamento que Lutero fez acerca de sua própria igreja, hoje, talvez não estivéssemos discutindo sobre esse tema. Alguém dirá: “Irmão, a questão de Lutero é outro contexto”. Não, não era, assim como nós, ele lutava contra as apostasias da sua própria religião, e a reforma apenas terminou com a fundação de outra ordem cristã, porque o papado, a igreja não aceitou as idéias revolucionárias de Lutero, a considerar, todas, alegações improcedentes. Afinal, de acordo com a igreja Lutero não poderia julgar a santíssima constituição e a fazer assim, estava a julgar a própria vontade de Deus. Parece-me que este contexto histórico em muito se adéqua a situação atual da igreja de Cristo na terra, e assim como o papado não aceitou as idéias e as criticas de Lutero, a alegar que eram heresias, julgamentos sem embasamento e subversão contra a vontade de Deus.
Hoje, as lideranças protestantes utilizam o mesmo discurso para defender a tese de que, o julgar, é de todo o modo errado. Acredito que a única coisa que foge do nosso direito de julgamento é a obra do Espírito Santo, está não deve jamais ser contestada. Quem Ele escolhe ou deixa de escolher é de total particularidade, se as pessoas que lideram os púlpitos protestantes (tradicionais, pentecostais ou neopentencostais) foram ou não escolhidas por Deus, isso não cabe a nós julgarmos. Agora, se a conduta delas condiz com aquilo que pregam… Ah! Isso sim é de total responsabilidade do corpo de Cristo. Pois, nem Paulo, nem Cristo, fugiram dessa responsabilidade quando viram que as más obras dos falsos profetas, estavam a frustrar as pessoas e as levarem a praticar uma religião de cegos. Ser cristão em tudo implica ter compromisso com a verdade.
“Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.” 1 JOÃO 4:1
on 2 de agosto de 2010 às 20:08
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